sexta-feira, 16 de outubro de 2009

POEMA SEM SENTIDO



Ah, se eu pudesse voltar
por entre sonhos passados!
Eu sei, jamais esperava
não ter tido os meus cuidados.

Vago, por essa avenida
misturada aos espantalhos.
Bebo o sabor de um suicida
tendo a cabeça entre galhos.

Eu amontoarei meus versos
- mesmo já tendo partido,
fingirei os teus regressos
num poema sem sentido.

Agarrarei o teu rosto,
- do teu corpo me aproprio,
comerei desse teu gosto
no sabor de um arrepio.

Como não te amar agora?
Pede mimo eu dou amor,
extasiados, como outrora,
sob um fogo abrasador.

Como se fosse a primeira
da pedra não lapidada,
armadilha derradeira,
eis a gota derramada...!

Tudo faço sem ter nexo,
te escrevo com mão vazia
pra te ler entre meu sexo,
nessa pobre poesia.

Dáguima Verônica de oliveira

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