quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

CAMBALEANTE




Meu viver foi só trabalho
remando contra as marés,
costurei cada retalho
consertando o seu viés.

Toda sorte se escondeu
e dela nem tive abraço,
nem por isso me doeu,
não dei chance ao meu cansaço.

Fui dando tudo que tinha
e como o surrar de um sino
a dor foi somente minha,
nunca culpei o destino.

Às vezes cambaleante,
outras vezes dei guinada,
de mim mesma fui amante
por mim mesma fui amada.

Plantei um bobo sorriso,
inventei o meu jardim,
rabisquei o paraíso,
fiz meu Deus perto de mim.

Peço ao sol ele me aquece
e não me deixa chorar,
nessa força a alma não tece
a tristeza em meu olhar.

Com o andar cambaleante
fiz a trilha verdadeira,
não sei dar passo gigante,
porém sei chegar inteira.

Desenhei o meu futuro,
Jogo força em cada passo,
sou a luz do meu escuro,
é na raça que eu me faço.

Dáguima Verônica de Oliveira

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

HÁ CERTOS MOMENTOS NA VIDA...





Tem certos momentos na vida da gente que queremos um amigo...
Um amigo de verdade...
Um amigo capaz de amar
para que saiba ouvir,
entender,
partilhar,
ajudar.
Há certos momentos na vida que precisamos de carinho...
Um abraço demorado...
Envolvente...
Confortante...
Pleno.
Ah, aquele amigo alto astral, cheio de energia vibrante...
Que cante uma canção ao pé do ouvido...
Que fale tudo sem dizer nada...
Que não se canse do silêncio...
Que acorde nosso sorriso
e faça adormecer a solidão...
Que se apaixone pela nossa presença...
Que se case com nossa confiança.
Um amigo que atravesse nossa transparência
e mesmo assim diga:
- Eu te amo, estou contigo para o que der e vier!

Dáguima Verônica de Oliveira

domingo, 6 de dezembro de 2009

RONDEL


FAÇA A VIDA FLORESCER

Espalha a boa semente,
faça a vida florescer...
Faça sorrir nossa gente
desde a hora do nascer.

Todo bem irá colher,
viverá sempre contente...
Espalha a boa semente,
faça a vida florescer...

Plantando fruto excelente
teu Deus vai te agradecer,
terá paz eternamente...
Faça forte o seu querer:
Espalha a boa semente!

Dáguima Verônica de Oliveira

RONDEL

NÃO QUERO MORRER DE SAUDADE

Não quero morrer de saudade,
quero um novo jeito de ser.
Não quero dizer por maldade,
mas eu pretendo te esquecer.

Eu sei que muito vou viver,
estou em minha tenra idade,
não quero morrer de saudade,
quero um novo jeito de ser.

O que eu falo não é vaidade
é meu modo de não sofrer,
viver lembrando a mocidade
é o mesmo que retroceder,
não quero morrer de saudade
.

Dáguima Verônica de Oliveira

sábado, 5 de dezembro de 2009

CORDEL


TORRENTE DE EMOÇÕES

Nem a morte impedirá
de viver as emoções,
não abro mão do prazer
de viver minhas paixões.
Falo do meu dia a dia,
do sorriso, da alegria...
De espinhos faço canções!


Sou normal e sei chorar,
mas faço da dor momentos
de pura felicidade.
Sei trocar meus sentimentos,
sei ver, nas tardes de estio,
emoções que eu aprecio
nos meus puros pensamentos.


Desarmo as minhas tristezas,
fico sábia, sou criança,
não me ataco por burrice,
me controlo, fico mansa,
sou torrente de emoções,
sou a letra das canções,
sou o verde da esperança.

Não me acovardo aos “porquês”,
eu me banco, sou coragem,
não fujo do compromisso,
só não fermento bobagem.
O que a vida fez comigo?
Não vai nessa , meu amigo,
não troque a sua bagagem.

Sou eu que fiz com a vida
e meu saldo é positivo.
Minha vida eu planejei,
não aceito o negativo,
eu montei a minha história,
no meu banco de memória
desenhei o meu arquivo.


Viver não é simplesmente
viver, é dar cor à vida
como se fosse uma tela:
Trazer sua alma aquecida
pra moldar a construção
e plantar sua emoção
com amor e sem medida.


Esguichando as emoções
- pra jorrar adrenalina,
num turbilhão de alegria,
da mulher faço menina,
sem disfarce, sem fingir,
a verdade é meu sentir,
pois é Deus que me ilumina!

Dáguima Verônica de Oliveira