sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A VELHA ROSEIRA


As lágrimas viram bolhas...
O mar cansado secou,
em seu leito algumas folhas
que a tempestade deixou.

Revive tantos horrores
nas folhas secas trazidas
por um oceano de dores,
hoje em águas já corridas.

Se recolhe, então, em prece
e faz trovas de improviso,
lindos versos ela tece
o amor chega sem aviso.

A saudade não permite
os espinhos sobre a rosa
sabe ela do seu limite
só no amor fica formosa.

Podada por tantas dores
no deserto ela se abriu
dos espinhos nascem flores...
Toda a roseira floriu.

Dáguima Verônica de Oliveira

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