A saudade tem cheiro de gangorra
no quintal da criança que hoje acorda,
presa em apartamento igual masmorra.
Despertando, a saudade se transborda...
A gangorra era presa na paineira,
muito bem amarrada por meu pai,
com cordas de pear vaca leiteira.
A saudade que tenho não se esvai...
Faz tanto tempo que hoje nem recordo
se caí da gangorra, nela a bordo,
mas lembro de mamãe me prevenir.
Minha mãe, hoje tem bem mais perigo,
fico aqui, prisioneira em meu abrigo,
a saudade eu balanço pra dormir.
Dáguima Verônica de Oliveira
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